segunda-feira, 8 de junho de 2009

Glossario Umbandista ( J-L)

J

JABARANDAIA — Chefe de terreiro.

JABONAN — Em alguns terreiros, designa a mãe-pequena, ou a auxiliar da Babá ou sacerdotisa do culto.

JACULATÓRIA — Oração curta. Frases curtas adicionadas ao final uma prece; herança da fé Católica.

JACUTÁ — Altar ou terreiro.

JALAPEIRO — Curandeiro, benzedor.

JALOFOS — Negros originários de regiões próximas ao Senegal.

JANDIRA — Cabocla da Linha de Iemanjá.

JAPANA — Planta do gênero Eupatorium, também conhecida como aiapana, lapana, erva-santa. Suas folhas são empregadas em banhos, entre outras finalidades.

JEJE — Nome dado ao agrupamento de várias etnias — ewe, fon, ashanti, mina, fanti — que veio maciçamente da África, durante o período escravagista. Denominação que os iorubás davam ao povo originário do Daomé (atual República Popular do Benin), por significar “estrangeiro”. Foi uma das correntes mais marcantes na formação do Candomblé e, apesar de muito do seu culto ter sido assimilado pelos iorubás, ainda existem terreiros que mantêm ritos puramente jejes. Encontra-se a expressão jeje-nagô em textos sobre ciências sociais a respeito dos cultos afro-brasileiros, significando a junção dessas duas correntes, embora a dominante costume ser a iorubá.

JOÃO-CORRÊA — Leptolobium elegans. Árvore também chamada perobinha-do-campo, peroba-branca, sete-capotes. Suas folhas são muito empregadas em banhos de defesa e como condensador fluídico.

JUCÁ — Apuleia ferrea. Árvore também conhecida como pau-ferro. Suas folhas são muito usadas na medicina popular para várias doenças, sendo também de grande emprego em banhos de descarga e defumações.

JUREMA — 1. Uma das Caboclas da Linha de Oxossi, chefe de legião. 2. Nome popular que designa várias espécies de plantas leguminosas dos gêneros Mimosa, Acácia e Pithecelobium. O gênero Mimosa tem propriedades psicoativas, empregadas em rituais indígenas.

JUREMÁ — Na mitologia indígena, é a entidade que representa a mata. Por extensão, é também o mundo astral onde habitam os espíritos dos Caboclos.

JURUJUBA — Verbena officinalis. Verbena. Planta medicinal, cujas flores são utilizadas em trabalhos espirituais

L

LÁGRIMAS-DE-JOB — Coix lacryma-jobi. Também conhecidas como Lágrimas de Nossa Senhora, capim-rosário, rosário. Planta medicinal cujas sementes são utilizadas na confecção de terços católicos e guias (vd.) de umbanda.

LAVAGEM DE CABEÇA — Cerimônia iniciática dos cultos afro-brasileiros e da Umbanda. Consiste no preparo de banho com vegetais, derramado sobre a coroa do médium durante ritual estabelecido pelas entidades espirituais que coordenam os trabalhos da Casa.

LÊ — É o terceiro atabaque, o menor e o de som mais agudo.

LEGIÃO — Agrupamento de espíritos de alto grau evolutivo, sob a coordenação do chefe de legião (vd.). Dentro da hierarquia espiritual, a cada linha (vd.) correspondem sete legiões. Cada uma delas, por sua vez, tem sob sua responsabilidade sete falanges (vd.), que continuam a se subdividir de sete em sete agrupamentos.

LINHA — Termo que encontra numerosas definições na literatura umbandista; de maneira muito genérica, significa uma faixa energética em que vibra um espírito de altíssima evolução. Na Umbanda, há sete dessas faixas, ou linhas. Tomando como exemplo um prisma óptico, que promove a dispersão da luz branca em sete cores, podemos pensar em Deus, Criador supremo, apresentando sete diferentes emanações de Sua natureza: as linhas, representadas pelos Orixás (vd.) como facetas da divindade. Assim como as sete cores refratadas pelo prisma darão origem a infinitas nuances, as linhas abrigarão incontáveis espíritos, agrupados em consonância com a vibração da linha a que pertencem. Este blog pretende elaborar um post específico apenas para este assunto. Vd. Legião e falange.

LINHA BRANCA — Nome popular dado à Umbanda.

LINHA CRUZADA — Pode significar uma referência aos cultos umbandistas com forte participação das práticas do Candomblé, ou a concomitância — num mesmo trabalho — de entidades espirituais que alguns chamam de “direita” (Guias) e “esquerda” (Exus). Existem referências ao termo “linha cruzada” como a prática, em alguns locais, de trabalhos de caridade e outros voltados a interesses estranhos e malfazejos; os defensores dessa prática alegam que trabalhos voltados para o mal são a contraparte da caridade, e que uma face não existe sem a outra. No entanto, a definição da Umbanda como orientação religiosa é totalmente contrária à prática do mal (“amarrações”, “quebrantos”, enfeitiçamentos, etc) e refuta essa idéia veementemente.

LINHA DAS ALMAS — Nome da sétima linha de Umbanda (vd.); agrupamento de espíritos de luz representados pela corrente dos pretos-velhos (vd.).

LINHA DE CURA — Agrupamento de entidades espirituais ligado a trabalhos voltados ao tratamento de enfermidades; podem pertencer a diferentes formas de manifestação (orientais, caboclos, etc).

LINHA DE TRABALHO — Conjunto de entidades espirituais que se identificam sob um mesmo arquétipo (pretos-velhos, caboclos, etc).

LINHA DO ORIENTE — Linha de trabalho (vd.) que congrega espíritos que se manifestam com a roupagem fluídica de orientais, voltada comumente a trabalhos de cura; chamada, também, de “Povo do oriente”. Na verdade, “orientais” pode significar hindus, árabes, chineses, etc ­— ou seja, povos de origem milenar e de longa tradição cultural, filosófica e científica. Quando usamos a expressão “roupagem fluídica”, queremos dizer que esses espíritos não tiveram, necessariamente, encarnações pertencentes a esses grupos étnicos: a escolha desse modo de manifestação pode se tratar de uma preferência, por parte da entidade, de uma “aparência” condizente com o perfil de trabalho que pretende desempenhar.

LITURGIA — Segundo a Wikipédia,

O vocábulo "Liturgia", em grego, formado pelas raízes leit- (de "laós", povo) e -urgía (trabalho, ofício) significa serviço ou trabalho público. Por extensão de sentido, passou a significar também, no mundo grego, o ofício religioso, na medida em que a religião no mundo antigo tinha um carácter eminentemente público. (...) compreende uma celebração religiosa pré-definida, de acordo com as tradições de uma religião em particular; pode incluir ou referir-se a um ritual formal e elaborado (como a Missa Católica) ou uma atividade diária como as salats muçulmanas.

LUA — “Uma lua”: termo utilizado para designar o período de uma semana.

LUA GRANDE — Período de tempo que contempla um ano.

LUA PEQUENA — Período de tempo que contempla um mês.

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