Como funciona
Bem, queria contar como se processa, em termos gerais, uma gira na Casa que freqüento.
Antes da abertura das cortinas, algum dos trabalhadores da Casa lê um trecho do Evangelho Segundo o Espiritismo (ou outro texto pertinente) e faz algumas considerações. Instantes depois, um dos dirigentes pede licença a Zambi, a Pai Oxalá e conclama a vibração das Sete Linhas de Umbanda e do Cacique Pena Branca (entidade-chefe da Casa), dando por iniciados os trabalhos. As cortinas se abrem durante o ponto de abertura; nossa Casa usa atabaques. Em seguida, todos se levantam para a saudação a Exu; um dos trabalhadores procede à defumação. O cruzamento é seguido pela leitura de outro trecho do Evangelho, ou de alguma outra obra de envergadura espiritual semelhante. Todos voltam a se levantar para a prece, em que elevamos nossos pensamentos, enviamos vibrações em benefício dos necessitados e pedimos proteção e firmeza para nossos trabalhos.
A seguir, acompanhamos um ponto cantado para saudar a entidade-chefe da Casa; os dirigentes vão recebendo suas entidades e, a partir deles, os demais médiuns passam a manifestá-las, também. Temos giras com caboclos, pretos velhos, baianos, exus e crianças; as giras de cura são com os caboclos ou com o povo do Oriente (nos trabalhos de cura); não temos giras “mistas”, com exceção das giras com as crianças (e que são poucas no ano), em que alguns pretos-velhos também prestam atendimento.
Com todos os trabalhadores preparados, começa o atendimento aos consulentes; alguns dão passividade às suas próprias entidades. Quando todos já foram atendidos, segue-se a desincorporação (subida), para o término dos trabalhos; o fechamento das cortinas dá-se após a prece final e o ponto de encerramento.
Como disse, é apenas um panorama beeeem geral sobre o atendimento; achei que os detalhes iam ficar enfadonhos e, por outro lado, a sensação de paz e bem-estar que a gente sente não dá pra descrever.
E você, meu irmão/ irmã? Como são os trabalhos na sua Casa? Compartilhe com a gente! Saudações!