quinta-feira, 9 de abril de 2009

A (longa) espera até o desenvolvimento

Após o primeiro contato com meu preto-velho, os meses foram passando. O processo de desenvolvimento me havia sido franqueado, mas o dia da semana das sessões era incompatível com meu trabalho. Era difícil lidar com a grande vontade de estar no grupo e não poder… enquanto isso, comecei a ler. Vasculhei a internet atrás de material, mas sentia que o conhecimento teórico que adquiria não me bastava. Queria saber mais, aprender mais… e vivenciar mais, também.

Durante as giras de atendimento, algumas entidades começaram a permitir que eu “desse passagem”. Fechava os olhos, me concentrava…  - “concentrava em quê, Estela?”. Bem, eu tentava (ainda tento) perceber a imagem da entidade que se aproxima. O tronco começa a balançar para frente e para trás e, de repente, apenas “sinto” que devo me mover de determinadas formas, ou vejo a entidade fazê-lo. Já havia recebido instruções a respeito: “se a sua entidade indicar algo para você fazer, faça”. Os movimentos seguem até determindo ponto, depois não “percebo” mais nada e acabo abrindo os olhos. A sensação que fica geralmente é muito boa – mas dá sempre aquela impressão de querer mais. Não perco o controle sobre meus próprios movimentos; tudo é muuuito sutil e intuitivo. Bastaria querer, e sei que poderia voltar ao meu estado normal. Percebo que a alteração da consciência é qualitativa (o foco se estreita, os detalhes se desvanecem um pouco); do ponto de vista quantitativo, a consciência permanece dentro da normalidade: não me sinto sonolenta, nem torporosa, nem nada do tipo.  

Quando se fala a respeito de mediunidade, um dos enfoques mais frequentes diz respeito justamente ao do grau de participação do médium na qualidade da manifestação; muitas pessoas dizem que médiuns iniciantes costumam almejar um grau de inconsciência cada vez maior, seja para bucar legitimidade para o que está ocorrendo com eles, seja para vivenciar um contato mais intenso com a entidade espiritual que se apresenta. Ler sobre isso me ajudou entender melhor essa questão; não fico perseguindo um grau maior de inconsciência, mas tento relaxar (desafio e tanto, pra mim) e oferecer a menor resistência possível.

Mas, e agora? Vivenciar a incorporação das entidades espirituais em algumas giras de atendimento? E só? E tudo aquilo que eu quero saber? Perguntar pra quem? Acho que gira de atendimento não foi feita pra gente se “pendurar” nas entidades, e que a Espiritualidade deve saber o que precisamos – melhor até do que nós mesmos, já que estão a serviço de nosso Pai Maior. Para desenvolver faculdades mediúnicas, acho que a instância adequada é insubstituível; as inúmeras advertências para não oferecermos “passividade” fora do ambiente protegido é mais que uma prova disso. Não é por acaso que já fui orientada a me “controlar” mesmo que estivesse sentada na assistência; acabei entendendo o significado da frase: “não se concentre!”.

Então, a única alternativa que encontrei foi me preparar, dentro das condições possíveis – e com isso exercitar a fé e a paciência…

3 comentários:

Lenon Veronese disse...

Olá Estela!

A casa onde você vai não tem grupo de estudo? Dá uma perguntada lá, derrepente podem te ajudar.

Outra coisa. Já leu "Tambores de Angola" e "Aruanda" ambos do Robson Pinheiro? Recomendo muito, li os dois em menos de uma semana de tão interessantes e informativos que são.

E realmente, é um exercício de paciência. Estou a 1 mês esperando a "entrevista" para fazer parte do grupo de estudo da casa que frequento. Vai ser quarta que vem! Torce por mim! ;D

abraço

Estela disse...

Oi, Lenon!

Nossa Casa tem um grupo de desenvolvimento; aguarde nos próximos posts - tcham-tcham-tcham-tchammm...!

Obrigada pela sugestão de livros; já inha ouvido falar do Robson. Vou ler assim que puder!

Estou torcendo pela sua entrevista! Que Pai Oxalá te ilumine, e que teu Anjo da Guarda e teus Guias te acompanhem! Depois conta pra gente!

Abração!

Faça valer a pena . disse...

caraamba , isso aconteceu cmg a duas semanas eu estava sem frequentar o cedntro desde quando tinha 12 anos , agr estou com 17, porem fui semana paassada deposi desse tempo todo , eu estava na assistencia , e uma menina me falou : vc ja vira? e eu disse q nao , ai ela me disse : por que vocxe nao deixa ne ? e eu disse que sim e ri. depois no meio da gira fui falar com mamae oxum e quando ela veio me abraçar , meus ombros começaram a se bater muito rapido minha mao começou a balançar e minhas pernas ficaram bambas , so esxutei a mae de sabto falar : ih ,essa ai vai tbem ! , ai ela me cobriu com o pano branco como se fosse uma manta e eu perdi a noçao do que estava fazendo , quando voltei , me contaram que eu tinah virado em iansa , mais como nao desenvolvi ainda ela ficou seria e so sorriu quanodo tocaram o ponto dela . foi inesquecivel , mais no dia fiquei meio assustada. rs
ontem fui no centro e era gira de eres , um ere me disse assim : vc sabe que vc vai ter que trabalhar ne? e eu falei : sei , mais vai demorar tanto , ai ele disse: nao vejo demora nao , sua hr ja esta chegando , vai ter que cuidar ne? ai eu sorri e disse que sim , estou feliz , mais anciosa quanto a hr que eu vou ter que começar a "trabalhar " minhas entidades . rs

ADOREI SEUS POSTS

MUITA LUZ PRA VOCE!

agatha

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