domingo, 3 de maio de 2009

Livro: O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda

Esta seção pretende relacionar publicações interessantes sobre Umbanda – e Espiritismo, já que utilizamos muitas obras espíritas no cotidiano. Às vezes, chego a ter algumas ressalvas em relação a conteúdo, mas encontro muito material bacana. Boa leitura!

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O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda

AUTOR: Leal de Souza

ANO DE PUBLICAÇÃO: 2008 (2ª edição)

EDITORA: Editora do Conhecimento

AVALIAÇÃO: Antônio Eliezer Leal de Souza foi jornalista, poeta, ensaísta, militar… e escreveu os primeiros livros sobre a Umbanda. O primeiro é de 1925: “No Mundo dos Espíritos” (ainda acho esse…). Em 1933, escreveu a primeira edição de “O Espiritismo, a Magia e as Sete Linhas de Umbanda”. Tratava-se de um livro extremamente raro, até que, em 2008, foi editado pela segunda vez, por iniciativa altamente louvável da Editora do Conhecimento.

No início do século XX, imperava uma profusão de cultos e rituais estranhos e voltados ao baixo espiritismo. Era necessário esclarecer a opinião pública e as autoridades sobre a real natureza da doutrina umbandista, para evitar a discriminação de seus adeptos e até a prisão de seus dirigentes. Apesar de jornalista, Leal de Souza nunca usou de sua profissão para promover proselitismo religioso, passando a escrever sobre o assunto por iniciativa de jornais como o “Diário de Notícias” e “A Noite”, interessados na repercussão que o assunto tomava à época.

Assim, o livro é uma compilação desses artigos. São textos sintéticos, mas estruturados brilhantemente: acabamos vislumbrando um panorama das práticas espirituais da época, mediante um contraponto entre a Umbanda e as práticas de magia negra. O autor também discorre sobre a importância de Zélio de Moraes e o Caboclo das Sete Encruzilhadas; as “sete linhas brancas”; os orixás, guias e protetores.

Vários outros temas, muito interessantes, estão nesse livro singelo, mas fundamental para quem quiser saber mais sobre a Umbanda, em suas raízes: Leal de Souza foi frequentador da Tenda Nossa Senhora da Piedade durante anos, e dela só se afastou para atender às instruções do Caboclo das Sete Encruzilhadas, que o incumbiu de dirigir, pessoalmente, a Tenda Nossa Senhora da Conceição.

Para quem está acostumado com a linguagem mais ágil e informal da imprensa de hoje, ou até com o miguxês da Internet, a linguagem aqui é um tanto rebuscada, mas não chega a ser cansativa; é um livro “brejeiro”, com 139 páginas que aparentam ser menos; livro pra se ler de um fôlego só: curti muito, e pretendo reler!

1 Comentário:

Anônimo disse...

Sou neta de Leal de Souza e só agora estou tomando conhecimento da sua importãncia.Acho que ainda é tempo para compensar esse lapso.
Obrigada

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