terça-feira, 16 de junho de 2009

Glossário M - O

M

MACACA-PORANGAAniba fragrans Ducke. Árvore nativa da Amazônia, rica em substâncias aromáticas. Sua madeira é grandemente usada em banhos de cheiro, banhos ritualísticos e defumações.

MACAIA — Mata, ou ervas, de valor sagrado.

MACUMBA — 1. Antigo instrumento musical de percussão usado outrora nos terreiros afro-brasileiros.  2. Termo antigo que denominava cultos dos escravos nas senzalas. Posteriormente, tornou-se sinônimo de cultos sincréticos afro-brasileiros, derivados de práticas religiosas de origem nagô. 3. Termo pejorativo usado para designar “despacho” de rua, oferendas, cultos afro-brasileiros ou até rituais umbandistas.

MÃE D’ÁGUA — Personagem mítico do folclore amazônico, que atrai os homens com sua beleza para as profundezas dos rios. Na Umbanda, pode representar Iemanjá ou Oxum.

MÃE-DE-SANTO — Chefe ou dirigente de terreiro, máxima autoridade do sexo feminino, dentro da Casa. Também conhecida como Zeladora-de-Santo, Mãe-no-Santo.

MÃE-PEQUENA — Título honorífico dado à médium que substitui a Mãe-de-Santo (vd.) em algumas funções, ou em sua ausência, por ser a segunda na hierarquia do terreiro.

MAGIA — Ramo das ciências ocultas que estabelece relações entre o homem e as forças da natureza através de práticas ritualísticas definidas por uma determinada codificação teórica.

MALEME/ MALEIME — Pedido de socorro, de clemência, de auxílio ou ajuda. Pode vir em forma de cânticos ou preces pedindo perdão.

MALELÊ/ MALULU — Exu (vd.).

MAMANGÁCassia occidentalis L. Também conhecida como fedegoso e folha-do-pajé. Planta medicinal (analgésica, antiasmática, antiespasmódica, purgativa) muito utilizada em terreiros.

MANDINGA — Grupo étnico da África ocidental, muçulmano, conhecedor da escrita. No Brasil, negros mandingas exerciam funções de confiança e muitos eram forros; eram temidos por escravos de outras etnias, que os viam como detentores de poderes mágicos ­— daí, provavelmente, o significado coloquial do termo mandinga: feitiço, bruxaria.

MANDINGUEIRO — É aquele que prepara despachos e feitiços.

MANDRÁGORAMandragora officinarum L. Planta medicinal e psicoativa (afrodisíaca, alucinógena, analgésica, narcótica), dotada de grandes propriedades mágicas.

MANDRACARIA — Engodo, ato de má fé voltado a enganar pessoas e delas tirar vantagem. No contexto da prática umbandista, é forma coloquial para chamar indivíduos que exploram a fé alheia em proveito próprio.

MANDRAQUEIRO — Aquele que se encarrega de trabalhos escusos, feitiçarias e exploração da crença alheia.

MANGARÁ-GUIALÉ — Bastão de guiné muito usado como amuleto, dado o seu poder de proteção para o seu portador.

MANIFESTAÇÃO — Incorporação, transe mediúnico.

MANJERONA Origanum majorana L. Erva medicinal e de uso culinário, muito empregada em defumações e banhos; tem grande poder no deslocamento de fluidos maléficos em pessoas e ambientes.

MARAFA/ MARAFO — Aguardente.

MARINHEIROS — Linha de trabalho da Umbanda composta por espíritos que se apresentam com a roupagem fluídica de marinheiros, marujos e outros trabalhadores do mar. Podem atuar dentro da linha (vd.) de Oxalá, Iemanjá e Oxum, frequentemente em descarregos.

MARIÔ — Um dos símbolos de Ogum, é uma espécie de saiote, confeccionado de folhas desfiadas de dendezeiro (vd. Dendê).

MATAMBA — Um dos nomes de Iansã (vd.). Um dos estados do antigo Reino do Congo.

MATÉRIA — Substância corpórea, sólida, líquida ou gasosa. Corpo; dimensão material do homem.

MATERIALIZAÇÃO — Corporificação. Fenômeno mediúnico que consiste na combinação do perispírito de um ser desencarnado com o ectoplasma de um médium, tornando visível e palpável o próprio espírito ou um objeto qualquer, que não existia previamente no plano físico.

MAU OLHADO — Quebranto. Feitiço. Expressão originada, provavelmente, da crença popular de que basta o olhar de certas pessoas invejosas para causar prejuízos a terceiros, geralmente afetando o objeto ou situação que seja alvo de cobiça. V. Desenvultamento.

MÉDIUM — Indivíduo dotado da faculdade de servir como intermediário entre os espíritos e os seres encarnados, possibilitando a comunicação entre os planos espiritual e terreno (vd. Mediunidade).

MEDIUNATO — Exercício da mediunidade (vd.), quando entendida como prática de caridade e amor ao próximo. Também chamada de mediunidade de serviço ou missionária.

MEDIUNIDADE — Capacidade — comum à maioria das pessoas — de perceber a influência ou propiciar a comunicação dos espíritos. Em alguns indivíduos, essa faculdade é ostensiva e necessita ser disciplinada, educada; em outros, permanece latente, podendo manifestar-se episódica e eventualmente. Existem numerosas formas de manifestação da mediunidade, de acordo com a forma de comunicação entre espírito e médium (por exemplo, psicofonia, vidência, psicografia, incorporação, etc).

MEISINHA/MEIZINHA — Medicamento caseiro à base de vegetais ou outros materiais orgânicos ou minerais.

MENTRASTOAgeratum conyzoides L. Também conhecido como catinga-de-bode, erva-de-santa-luzia, picão-roxo, erva-de-são-joão; planta dotada de propriedades mágicas, muito empregada em banhos, defumações e outras aplicações nos terreiros.

MESA BRANCA — Denominação dada às sessões de Espiritismo (vd.).

MESINHEIRO — O mesmo que curandeiro, ou benzedor.

MIRONGA — Feitiço, mistério, segredo.

MIRRA — Árvore cuja casca produz uma substância resinosa, aromática, utilizada na produção de medicamentos, na indústria cosmética e em rituais litúrgicos.

MISTIFICAÇÃO — Vem de mistificar: abusar da credulidade de alguém. Em relação à mediunidade (vd.), trata-se de simular (fingir) a ocorrência do fenômeno mediúnico, como se estivesse realmente ocorrendo, com a intenção de auferir vantagens (financeiras, emocionais, etc) sobre alguém.

MOCOIÚ /MUCUIÚ — Do dialeto quicongo mu-kuyu; pedido de bênção nos terreiros da tradição banto.

MOJUBÁ — Para alguns autores, é um cumprimento, uma saudação em iorubá. Para outros, é uma expressão extraída da combinação dos termos Moju (viver a noite) e Ba (armar emboscadas) ou seja “armar emboscadas vivendo a noite”; nesse contexto, “Exu é mojubá” (dentre algumas variações) significaria uma saudação que reconhece essas características de Exu. Outra variante indica Mojubá como sinônimo de “Meus respeitos”.

MORUBIXABA — palavra de origem Tupi que denomina o chefe da tribo para os indígenas. Em algumas Casas de Umbanda, é o título honorífico dado ao dirigente-chefe.

MUFÉ — Árvore originária da África muito empregada em práticas ritualísticas de terreiro.

MUIRAKITAN/ MUIRAQUITÃ — Amuleto indígena feito de pedra, geralmente verde, talhado em forma de um pequeno animal ou ser humano. Costumava ser entregue pelas índias icamiabas (tribo matriarcal de guerreiras) aos índios guacaris após consumado o envolvimento sexual, com fins de procriação.

MULUNGUErythrina mulungu, Erythrina verna. Árvore também conhecida como suinã, corticeira, eritrina, cujos elementos têm propriedades medicinais — notadamente a raiz e as folhas — muito conhecida como “sedativo natural”. Utilizada nos trabalhos de proteção nos terreiros.

MURTA — Planta do gênero Myrtus, com propriedades medicinais e de uso ritualístico desde a Antiguidade. Contudo, dá-se o mesmo nome a uma série de outros vegetais, de diversos gêneros (Eugenia, Rhodomyrtus, Myrcia, etc). A murta comum costuma ser utilizada em defumações, banhos, patuás e outros trabalhos.

MUTAMBAGuazuma ulmifolia Lam. Planta medicinal (mas potencialmente tóxica) muito empregada no preparo de banhos e defumações.

MUXAXA — Árvore de origem africana (Angola), empregada em diversos trabalhos de terreiro.

 

N

NAÇÃO — 1. Nome, dado arbitrariamente, a grupamentos humanos trazidos como escravos ao Brasil, sem maiores considerações a respeito de sua origem étnica. Esse conceito contempla, basicamente, duas grandes “nações”: a Sudanesa (Nagô, Jeje, Jeje-Nagô, Mina-Jeje) e a Banto (Angola, Congo). 2. Designa o culto religioso comum a indivíduos provenientes da mesma etnia africana, ou do mesmo subgrupo étnico. 3. Termo popularmente empregado para denominar, de forma genérica, as religiões e cultos de origem africana.

NAGÔ — Nome dado aos indivíduos da etnia iorubá pelos nativos do antigo Daomé, seus antagonistas. Primariamente pejorativo, tinha o significado de “estrangeiro” ou “piolhento”. Popularizou-se, depois, como sinônimo de iorubá.

NANÃ — Orixá originária da cultura Jeje, sincretizada no Catolicismo com Sant’Ana, por ser o Orixá feminino mais velho no panteão africano. Divindade das águas, rege as águas paradas, os pântanos, as nascentes. “Senhora dos mortos”, recebe os espíritos que desencarnaram e regressam ao plano espiritual. Diz-se, também, Nanamburuquê.

NEGRAMINA — Planta utilizada em defumações e banhos de descarga e defumações, dadas as suas propriedades mágicas.

NINFAS — Juntamente com as ondinas (vd.), são seres da natureza (vd.) ligados às águas, associados a Oxum.

NOVICIADO — Aprendizagem, iniciação. É o período em que um indivíduo é submetido aos ensinamentos de uma ordem religiosa, voltado à reflexão, estudo e exercício de seus conhecimentos.

 

O

OBÁ — Significa “Rei”. Também é um Orixá feminino, esposa de Xangô na tradição nagô. Como Orixá, representa, também, o pólo negativo da terceira linha (vd.) de Umbanda, contrapondo-se a Oxóssi no pólo positivo.

OBALUAIÊ — Vd. Abaluaê.

OBASSABÁ/ OBASSALÉA — Abençoar, benzer.

OBATALÁ — Do iorubá Oba (rei) + Alá (branco). No panteão africano, é o primeiro e maior dentre os Orixás, filho direto de Olorum (vd.). Para muitos, é um dos nomes utilizados para designar Oxalá (vd.).

OBI — Planta pertencente ao gênero Cole, da família Malvaceae, também conhecida como noz de cola, abajá, café-do-sudão, cola. Além de serem utilizadas como um estimulante natural (devido à alta concentração de cafeína), as sementes são empregadas como instrumento de oráculo em cultos de nação e alguns terreiros de Umbanda. Também denomina uma das obrigações (vd.) do Candomblé.

OBRIGAÇÕES — Festas em homenagem aos Guias ou Orixás. São também as determinações ou tarefas prescritas aos médiuns ou consulentes pelos Guias com o objetivo de auxilio ou como parte do processo de desenvolvimento mediúnico.

OBSEDAR/OBSEDIAR — Ato de um espírito que prejudica outrem, através da obsessão (vd.).

OBSESSÃO — Ação persistente, promovida por um espírito de baixo grau evolutivo, contra alguém. Pode ocorrer partindo de seres desencarnados contra encarnados e vice-versa; de encarnados contra encarnados, e igualmente dos desencarnados contra desencarnados. Através da invigilância e das imperfeições morais, o indivíduo obsediado (que sofre o processo) acaba oferecendo sintonia compatível com o baixo padrão vibratório de um espírito que deseje causar-lhe malefício, seja inspirando-lhe maus pensamentos e sentimentos, seja influenciando sua conduta com intensidade progressiva. O processo de obsessão decorre de nossos erros, em encarnações anteriores ou na atual, em que causamos sofrimento a determinado espírito que almeja vingar-se.

OBSSESSOR — Espírito perturbador, de baixo grau evolutivo, responsável pelo processo de obsessão (vd.).

OCA — Palhoça. Habitação indígena. O agrupamento de ocas é chamado taba ou maloca.

ODÉ — Um dos nomes africanos do Orixá Oxossi (vd.).

ODÔ-FE-IABA! — Saudação iorubá a Iemanjá; de Odô (rio); fe (amada); iyàagba (senhora) — Amada Senhora do Rio (das águas)! Também se diz Odô iá! ou Odociaba!

ODUDUÁ/ ODUDUWA — Orixá iorubano (Odùduwà), ora descrito como feminino, ora como masculino, filho direto de Olorum; na tradição iorubá, responsável pela criação da dimensão física da Terra em lugar de Oxalá (vd.), a quem teria cabido a criação dos seres vivos.

OFÃ — Ou “mão-de-ofã”. Responsável por coletar as ervas que serão utilizadas nas práticas cerimoniais (nação).

OGÃ — Responsável por tocar os atabaques, não costuma incorporar (pelo menos, não enquanto estiver nessa função). Em algumas Casas, detém status similar ou imediatamente inferior ao dos chefes do terreiro. Sua preparação consiste não apenas nos conhecimentos técnicos de manejo do instrumento, mas do fundamento da Casa e de seus elementos litúrgicos próprios, requerendo extenso preparo.

OGÃ ALABÊ — Vd alabê.

OGÃ CALOFÉ — É o grau imediatamente superior ao do Ogã de Atabaque (vd.).

OGÃ DE ATABAQUE — É o grau imediatamente superior ao de Ogã de Terreiro.

OGÃ DE TERREIRO — Ogã (vd.) que tem a responsabilidade material dos trabalhos. Em algumas Casas, é o grau imediatamente superior ao de Cambono Calofé.

OGÃ HONORÍFICO — Em algumas Casas, é uma espécie de título honorífico concedido a quem tenha prestado serviços relevantes a um terreiro, como se fosse uma condecoração.

OGUM-IÊ/ OGUNHÊ — Saudação a Ogum. Vd. Patacorê.

OIÁ — Um dos nomes atribuídos a Iansã (vd.).

OKÊ — Do iorubá, monte. Compõe a saudação aos caboclos (Okê, Caboclo!) e a Oxossi. “Oké” é a divindade das montanhas, na tradição iorubá.

OKÊ ARÔ! — Saudação iorubana a Oxossi: Okê (monte); arô (título honroso dado aos caçadores) — “Salve o grande Caçador!” Outra origem possível para essa expressão estaria em: Okê = aquele que grita ( = gritar) + Arô: “Aquele que fala mais alto”.

OKÊ BAMBOCLIM/ OKÊ BAMBOCRIM! — Saudação a Oxóssi.

OLHO-DE-BOI — Semente de Mucuna pruriens, planta também conhecida como mucunã. Utilizada como amuleto, na confecção de guias e patuás, em trabalhos de Umbanda e na medicina caseira.

OLHO GRANDE — Olho gordo, mau olhado, inveja, malefício, quebranto.

OLODUMARÉ— Também chamado Zambi, é o Supremo Criador do Universo, princípio gerador de todas as coisas. Ao contrário do que alguns afirmam, as religiões africanistas são monoteístas, pois Olodumaré é o Deus único, criador das demais entidades conhecidas como Orixás (vd.) e de tudo o mais que existe na criação.

OLORUM — Vd. Olodumaré.

OMOLOCÔ — Do iorubá, Omo (filho) + Loko (Iroko, ou gameleira branca). Outra hipótese para a criação desse termo seria “filhos de Okô” (divindade protetora da agricultura). Culto religioso iniciado no Rio de Janeiro a partir do final do século XIX, contando com a contribuição de escravos procedentes do sul de Angola. Uma de suas vertentes cultua Orixás e trabalha com Guias e linhas de trabalho da Umbanda, dentro da prática denominada Umbanda Omolocô. Outro segmento define-se apenas como Omolocô, mais adstrito à tradição africanista.

ONDINAS — Seres da natureza (vd.), ligadas às águas — mais propriamente aos oceanos, rios, lagos, gotas de chuva e de orvalho; contribuem para a regeneração do corpo físico da terra e do ser humano.

ONI BEIJADA! — Ou “Beji, Beijada!”. Saudação iorubá a Ibeji: “Ele é dois!”, ou “Senhor dos gêmeos!”

OPELÊ DE IFÁ — Rosário feito de pequenos búzios e que é utilizado para ler o futuro e fazer adivinhações, utilizado em alguns cultos de nação e em alguns terreiros de Umbanda.

ORA IÊ IÊ Ô! — Saudação iorubá a Oxum.
ORAÇÃO FORTE — Oração escrita em papel, guardada junto ao corpo (vd. Breve) para proteção de seu portador.

ORAGO — Patrono, padroeiro. Termo herdado da tradição cristã, vem de “oráculo”. Entidade chefe de um terreiro.

OREGÃO/ORÉGANO — Origanum vulgare. Planta muito usada na culinária e em banhos, como condensador fluídico.

ORI — “Cabeça”. Princípio individual do ser humano.

ORIXÁS — Do iorubá, Òrìsà, traduzido por alguns como “senhor da cabeça”. Agentes divinos que regem as forças da natureza. Não são deuses, no sentido de “Supremo Criador”: essa é a identidade de Olorum (vd.), Deus, Zambi. Os Orixás seriam as emanações desse Supremo Criador, do poder divino — diferentes entre si por contemplarem diferentes facetas, diferentes aspectos desse poder. Têm a faculdade de administrar e ativar as energias presentes em seus pontos de força (vd.), controlando desde a germinação de uma semente até a ocorrência de um maremoto. O culto aos Orixás, então, coloca-nos em contato mais próximo e harmônico com essas forças. Por outro lado, representam arquétipos da natureza humana, claramente perceptíveis em suas características mais “humanizadas”. Na Umbanda, não incorporam.

ORIXÁ DE CABEÇA — Orixá principal do médium, regente de sua coroa.

ORIXÁ DE FRENTE — O mesmo que orixá de cabeça (vd.).

OROBÔ — Semente de Garcinia kola, usada para cerimônias religiosas africanas, também empregada nos trabalhos de Umbanda.

OSSAIM — Também conhecido como Ossãe ou Ossanha, é a divindade que rege as folhas e suas propriedades mágicas e medicinais; cultuado no panteão africano com o status de Orixá, é cultuado na Umbanda com menos frequência, por conta da transferência de seus atributos a Oxossi (vd.).

OTÁ — Pedra coletada na natureza para receber fixação de energias de determinado Orixá, dentro da tradição religiosa africanista. Faz parte do assentamento do Orixá do terreiro, dentro de ritualística própria e restrita à chefia da Casa.

OXALÁ — Orixá sincretizado no Catolicismo com Jesus Cristo. Responsável pela criação dos seres humanos na mitologia iorubá; representa a síntese de todas as origens, o princípio da vida no plano terrestre, a paz, a totalidade. Considerado o Orixá de maior ascendência no panteão das divindades, imediatamente abaixo de Olorum (vd.), de quem é filho direto.

OXAGUIAN — Qualidade (vd.) de Oxalá, caracterizada como guerreiro jovem, representando a nobreza e a pujança.

OXALUFAN — Qualidade (vd.) de Oxalá com apresentação de ancião, representando a sabedoria e a paciência.

OXÉ/ OSSÉ — machado de Xangô, composto de dois lados, representando a equanimidade da Justiça.

OXÓSSI — Orixá das matas, do elemento verde da natureza. Sincretizado na Igreja Católica com São Jorge (culto nagô) ou São Sebastião. Na Umbanda, costuma receber a cultuação pertinente a Ossaim (vd.).

OXUM — Orixá sincretizada no Catolicismo com Nossa Senhora Aparecida e, para alguns, Nossa Senhora da Conceição. Rege as águas doces — prevalentemente os rios e cachoeiras. Representa o amor crístico, incondicional. Existem diversas qualidades (vd.) de Oxum: Oxum-Abalô, Oxum-Apará, Oxum da Cobra Coral.

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabens para este site ACR.

Anônimo disse...

Adorei este site! É podermos contar com sites de conhecimento e de bom nível com este. KL

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