segunda-feira, 8 de junho de 2009

Glossário G - I

G

GARRAFADA — Remédio preparado por curandeiro, que geralmente consiste numa maceração de vegetais em aguardente. Muito raramente entram na sua preparação quaisquer ingredientes que não sejam puramente vegetais. Nem todos os terreiros estão associados ao emprego da garrafada.

GIRA — Sessão religiosa de culto às entidades espirituais, onde se promove atendimento de caridade ao público. Corrente espiritual. Rua. Caminho.

GLÂNDULA PINEAL — Glândula localizada próximo ao centro do cérebro, entre os dois hemisférios. Suas funções são muito discutidas, mas parece exercer importante papel na regulação dos chamados ciclos circadianos, que são os ciclos vitais (principalmente o sono) bem como no controle das atividades sexuais e de reprodução. Sob o ponto de vista da vida espiritual, a glândula pineal é um sensor magnético que converte ondas do espectro eletromagnético em estímulo neuroquímico. A glândula pineal tem na sua constituição cristais de apatita; acredita-se que esses cristais vibrem conforme as ondas eletromagnéticas que conseguem captar; interagindo com outras áreas do cérebro como o córtex cerebral, por exemplo, a pineal seria capaz de decodificar as informações associadas a essas ondas, sob influência do campo espiritual, podendo propiciar fenômenos como a clarividência, a telepatia e a mediunidade

GNOMOS — Seres da Natureza (vd.), são considerados os guardiães dos minerais, com a capacidade de perceber e sintonizar seu fluxo de transformação. Governam e preservam o corpo físico da Terra, mantêm o equilíbrio das forças naturais do planeta e contemplam o provimento das necessidades diárias dos seres vivos.

GONGÁ — Vd. Congá.

GOTEIRA — Nome vulgar para freqüentadores irregulares que vão de terreiro em terreiro.

GUIA — 1. Entidade espiritual de grande elevação, luminosidade e evolução, ligado a um indivíduo ou a um grupo de pessoas. Comprometido com o progresso de seus assistidos, o Guia se encarrega de instruí-los e protegê-los ao longo da vida; nas sessões de atendimento, presta caridade através do intercâmbio mediúnico. 2. As guias são colares feitos de contas, sementes, pedras, etc, utilizadas pelos trabalhadores dos terreiros. São consideradas uma espécie de “assentamento móvel”, um objeto que serve como ponto de fixação de força, visto atraírem a vibração do Orixá ou entidade aos quais foram consagradas. Também exercem função protetora, atraindo para si as vibrações nocivas que poderiam atingir seu portador; acredita-se, então, que quando uma guia se rompe, pode ter sido por sobrecarga aguda de energia negativa. Suas cores, número e composição são específicas em relação ao médium e sempre indicadas por entidade superior. Ao ser colocada no corpo de um médium, ela cruza o chakra (vd.) coronário, ou seja, o ponto de energia mais importante de todo nosso corpo, localizado no alto da cabeça.

GUINÉ — 1. País situado na costa atlântica da África ocidental. À época da escravatura, porém, “Guiné” podia significar, para os portugueses mercadores de escravos, uma extensa região — que iria desde o Senegal até o extremo sul da costa centro-ocidental (e, às vezes, à toda costa ocidental) da África, segundo Gomes Eanes de Zurara, cronista oficial da dinastia de Bragança. Assim, “Guiné” passou a designar a origem de centenas de milhares de escravos. 2. Nome popular da planta Petiveria tetrandra, ou rabo-de gambá, guiné-pipi, amansa-senhor. Extremamente popular na Umbanda, usada em banhos e defumações.

 

H

HALO — Luminosidade que envolve um espírito de grande elevação.

HOMEM DAS ENCRUZILHADAS — Nome utilizado para designar Exu (vd.).

HOMEM DE RUA — O mesmo que homem das encruzilhadas (vd).

HORAS ABERTAS — são quatro horários do dia (06:00h , 12:00h, 18:00h e meia-noite), favoráveis à realização de determinados trabalhos. Não há consenso para essa definição, recomendando-se consulta aos dirigentes de terreiro. .

HORAS FECHADAS — Períodos compreendidos entre 11:45h—12:15h e 23:45— 00:15h, desaconselháveis para a realização de determinados trabalhos. Não há consenso para essa definição, recomendando-se consulta aos dirigentes de terreiro.

HORA GRANDE — meia noite em ponto.

 

I

IABÁ — 1. Cozinheira que conhece e prepara as comidas votivas dos Orixás nos terreiros que realizam esse tipo de oferenda. 2. Referência genérica aos Orixás femininos das águas, como Oxum, Iemanjá e Ewa.

IALORIXÁ — Designação dada à mãe-de-santo.

IANSÃ/ INHAÇÃ — Orixá feminino, guerreiro, sincretizado no Catolicismo com Santa Bárbara; rege as águas na forma das chuvas e tempestades, incluindo os ventos.

IAÔ — Médium feminino iniciado.

IBEJI — Entidade representada por dois irmãos gêmeos; é a divindade gêmea da vida, no panteão das divindades iorubás. Simboliza a dualidade, a co-existência dos opostos. Identifica-se com tudo o que brota, que se inicia: a nascente de um rio, o nascimento dos seres humanos, o germinar das plantas.

IDEOPLASTIA — Vd. formas-pensamento.

IEMANJÁ — Orixá feminino mais conhecido e cultuado no Brasil, sincretizado no Brasil com Nossa Senhora da Guia, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Glória — dentre outras Santas Católicas cujas características comuns representam a fecundidade, a geração da vida, a maternidade. Rege as águas em sua forma salgada (mares e oceanos).

IMAGENS-MOLDES — Vd. formas-pensamento.

INCORPORAÇÃO — Uma das mais frequentes modalidades de mediunidade encontradas nos terreiros de Umbanda; nela, o espírito comunicante não “entra” no corpo do médium, como o termo pode sugerir: a manifestação da entidade se processa através de ligação fluídica entre ela e o perispírito do médium, com influência de intensidade variável sobre o controle de sua atividade sensorial, cognitiva e motora.

INSPIRAÇÃO — Modalidade mediúnica em que uma entidade espiritual transmite pensamentos ao médium — às vezes, tão sutilmente que este sequer percebe de que não se trata de idéias provenientes de outrem.

INKISES — Divindades cultuadas pelos bantos (vd.), como os Orixás na tradição iorubá ou nagô.

INTUIÇÃO — Característica da mediunidade na qual o médium recebe os pensamentos da entidade espiritual, por meio da ação fluídica desta sobre seu perispírito, em suas funções intelectivas.

IORUBÁ — Grupo étnico/linguístico de vários milhões de indivíduos, que habitam diversos países da África Ocidental e caracterizados pela mesma língua, a mesma herança cultural/religiosa e as mesmas tradições. Foi uma das correntes numericamente mais significativas das que vieram com os negros escravizados da África. Inúmeros termos utilizados na Umbanda são de origem iorubana.

IRRADIAÇÃO Ato ou efeito de emitir ondas, lançar raios de luz ou de calor, ou vibrações. No contexto da espiritualidade, transmissão de fluidos (vd.) à distância. Não confundir com mediunidade de irradiação (vd. Receber irradiação do Guia).

IYALODÉ — Título de alta hierarquia entre as mulheres.

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